quinta-feira, 13 de março de 2008

Fase do "Não" e do "É Meu!"...

Ao contrário do que imaginava (porque sempre pensei que fosse mais tarde) o Xavi acaba de entrar na fase do - "Não!", aliado ao "É Meu!" Tudo é dele e não dá nada a ninguém. Desde as pantufas da mãe, comando da televisão, ao biberão (que segura sempre destapado e de pernas para o ar!), às molas da roupa, ao fio de electricidade do candeeiro (!!!) às peúgas do pai (acabadas de sair do estendal!), à planta da sala (que tem sofrido horrores nas suas mãos, coitada!!!), aos botões das máquinas de lavar loiça e roupa, à garrafa de azeite derramada no chão da cozinha, aos meus vernizes, ao almofariz que já serviu de entretém, entre tantas outras coisas de q agora não me recordo...
A cada resposta de "Não, é meu!", eu contesto com um: "Não é nada teu. É nosso, mas o Xavier tem de fazer o que a mamã diz - portar-se bem."
Ok... escusado será dizer que, passados alguns segundos de eu o ter repreendido, percebo que as minhas palavras entraram-lhe precisamente a 100 à hora por um ouvido e saíram à velocidade-luz pelo outro! Mas tudo bem... tudo na boa! Estou a pagar na mesma moeda com que fiz "sofrer" a minha mãe e a minha irmã mais velha! Ao menos ele... não bate com a cabeça no chão da cozinha quando se chateia com qualquer coisa! É bem mais agradável levar uma "bruta" cabeçada (que nos dá cabo do lábio inferior!!!) ou apanhar um valente "cagaço" porque um qualquer brinquedo... voou na nossa direcção, parecendo um míssil telecomandado! :)
Agora a sério. Mesmo com este feitio (quem sai aos seus, não é... de "Genebra"!), mesmo com a sempre presente reguilice, traquinice, espevitice e tantas outras palavras terminadas em "ice" e que demonstram a permanente electricidade com que o meu filho vive... ele é o maior doce das nossas vidas! Tem os seus momentos (embora nos pareçam sempre pequenos), de verdadeira ternura, em que em cada abraço, beijo ou olhar, faz parar o nosso coração. Como num daqueles momentos de "freeze" característicos dos filmes, em que tudo em redor se congela e apenas existimos nós. Parece que "carrega", ainda mais, a nossa alma, com o amor que nos retribui.
É assim como tu és, que te amamos muito e preferimos mil bilhões, triliões, quatriliões de vezes, o teu jeito arisco e "ligado à corrente", a qualquer outro jeito de ser!

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